O que aprendi com minha separação e 10 razões para repensar a sua vida hoje. Alegre-se!

ipanema

Parafraseando o poetinha preferido, Vinicius de Moraes, “é melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração…

Essa luz tinha apagado e eu estava triste. Era fevereiro de 2007 e o meu casamento tinha acabado. Além de toda desconexão emocional que uma separação proporciona, eu ainda precisava lidar com uma coisa prática: a mudança.

Eram 224 metros quadrados em 4 quartos e uma infinidade de coisas acumuladas. Eu me mudara para lá seis anos antes, poucas coisas foram levadas da casa da minha mãe, do meu quarto de solteira. Ele idem. Havíamos montado um apartamento lindo com tudo escolhido com muito amor. Foi um tempo bom que guardo com muito carinho, mas eu estava decidida a iniciar uma nova vida: sozinha. Eu sabia que não seria fácil após doze anos juntos, eu sequer conseguia resgatar minha identidade de solteira naquele momento.

O primeiro desafio foi conseguir me mudar para um apartamento alugado de 45 metros quadrados no mesmo bairro. Como conseguir colocar todas as minhas coisas dentro de tão pouco espaço?

Descobri naquele momento que descartar objetos era um profundo processo de autoconhecimento. A Valéria antes da separação e a Valéria depois. Me dei conta que meus objetos tinham uma enorme relação entre meu passado, presente e futuro. Separei as pilhas: para vida nova, para vender, para doar, para consertar e para jogar fora.

Foram muitas decisões tomadas em longos dias. Cada objeto que eu pegava na mão, me dava conta do excesso e de como era tudo sufocante: do meu casamento ao meu armário. Eu precisava respirar.

Era Carnaval e eu havia ficado em casa sozinha e comecei a pensar no “De/Para” desses objetos. Só entrava na pilha para vida nova o que, de fato, fizesse sentido tanto trabalho: encaixotar, transportar e dar uma nova morada. Além de, posteriormente, limpar e manter na casa nova.

Maquiagens velhas no lixo, sapatos que eu gostava na pilha do conserto, roupas apertadas ou largas no saco para doação, copos, louças armazenadas em caixas e tudo mais que pudesse imaginar. A minha vida inteira estava passando diante dos meus olhos e eu precisava depurar e lapidar o que faria parte da minha nova galeria pessoal.

Resolvi focar no que manter (e ainda nem existia a super #MarieKondo naquela época) porque reduzir era uma necessidade e fui achando a pegada necessária para definir e valorizar o que tinha a ver com meu momento. O destralhe gerou clareza e renovação de energia.

De repente, entrei num clima de férias, uma vontade do novo e coloquei no mais alto volume uma música do Nando Reis que dizia “Certeza é o chão de um imóvel, prefiro as pernas que me movimentam” e até hoje quando escuto essa música, me emociono.

Não senti falta do que ficou para trás. Passei a viver em 1/5 de espaço físico do que, até então, era minha vida e a minha relação com o consumo foi refinada. Mudei a perspectiva e esse é meu convite para você: uma sofisticação minimalista. Identificar descontrole a partir do autoconhecimento para viver seu propósito.

Faz sentido para você?

Vem comigo.

Você não precisa passar por algo tão doloroso ou radical para que inicie sua jornada. Você pode estar noiva(o), mudando simplesmente de casa, estar grávida, ter aceito um convite para morar no exterior ou simplesmente decidiu que agora é hora de mudar exatamente no local que está. Não importa o momento da sua vida, reduzir objetos e destralhar sua casa pode ser o primeiro passo para gerar clareza, simplesmente porque é algo mensurável, tangível.

Destralhar passa a ser um novo #mindset aliado à redução de consumo, me arrisco a afirmar:

 – Quer emagrecer? Destralhe-se.

– Quer poupar dinheiro ou não ter novas dívidas? Destralhe-se.

– Quer ganhar tempo? Destralhe-se.

– Quer viver seus sonhos? Destralhe-se.

A jornada já começou. Vamos sair da intenção da mudança para o início da transformação?

– De quantos metros quadrados você precisa para viver?

– Se você reduzisse o número de objetos para 1/3 do que possui hoje, você poderia tomar outras decisões?

– Quanto de aluguel a mais você paga para manter tralhas ou coisas inúteis a sua volta? Já fez essa conta?

– Seria possível ganhar tempo indo morar mais próximo do trabalho?

– Reduzir sua relação de consumo pode impedir você de entrar em novas dívidas?

– Você poderia investir o dinheiro poupado em um novo sonho? Que tal uma viagem?

Se ainda não começou, arregace suas mangas e inicie pelo seu guarda-roupa. Clique aqui destralhe_roupas

O destralhe de objetos é o primeiro passo para um destralhe emocional.

Numa era de excessos (obesidade, depressão, síndrome do pânico e ansiedade) onde o mais ganha tamanha importância, andar em sentido contrário é revolucionário.

Além de destralhar (doar ou descartar), repense onde você tem investido seu dinheiro e se tem consumido por consumir. Não é um julgamento a sua fatura do cartão de crédito e nem as marcas de carro ou bolsa que gosta e, sim, uma maneira de tirar você do piloto automático do consumo e desvencilhar de tudo o que é inútil, além de priorizar sua grana para o que brilha seus olhos.

Uma relação sadia de consumo passa por esgotar todas as possibilidades: estender a vida útil de objetos (eu chamo isso de colocar pra jogo o que já tem ou fazer “compras” no próprio armário), trocar, consertar, emprestar, pedir emprestado, reinventar usos e alugar. Ah! E para os mais talentosos, o famoso DIY ou faça você mesmo. Vivemos hoje novos tipos de economia – sustentável, colaborativa e coletiva – faça valer! O planeta agradece. <3

Se ainda não te convenci, listo os 10 motivos para você começar agora seu projeto de (r)evolução pessoal para ganhar mais tempo, poupar dinheiro e viver experiências incríveis dando oportunidades para sua nova vida acontecer!

Você duvida? Experimente viver esse luxo! Sim, é um luxo! 

  1. Menos coisas = mais liberdade
  2. Menos coisas = mais tempo
  3. Menos coisas = mais dinheiro
  4. Menos coisas = mais portabilidade
  5. Menos coisas = menos pressão pelo consumo
  6. Menos coisas = menos limpeza
  7. Menos coisas = mais oportunidades
  8. Menos coisas = mais flexibilidade 
  9. Menos coisas = mais cuidado com o planeta
  10. Menos coisas = mais alegria

Me conte o que achou e como se sente no decorrer da semana. Anote tudo no seu caderno.

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Estou animadíssima para ver seu progresso de pertinho.

Com alegria,

Valéria Baldner

Apaixone-se pela mudança. Uma Revolução.

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Destralhe-se |Consuma menos | Cuide do Planeta | Poupe dinheiro | Ganhe tempo | Viva experiências| Revolucione-se

30 comentários

  1. Já ouço falar em minimalismo há pelo menos uns 6 anos, quando um professor da faculdade contou sobre a experiência dele, que foi exatamente isso aí que você descreveu: mais tempo livre, relacionamentos mais profundos e e muitos kgs deixados pra trás, pois até a alimentação dele mudou (e muito).
    Sem falar nessa leveza maravilhosa que a gente sente só de ler/ouvir.
    Cheguei aqui no seu “blog” ontem e estou amando! Parabéns pela transformação!
    Um abraço.

    1. Ana Lucia,
      É exatamente isso: um detox mental – um destralhe em todas as áreas da vida. Seu professor estava certíssimo.
      A proposta é iniciar pela parte física, mensurável porque tudo se torna mais fácil e a pessoa vai entendendo o processo do essencial (e o essencial é o luxo da vida).
      É tão revelador isso na gente né?
      Obrigada por compartilhar sua história.
      Continue por aqui querida.
      Beijinhos
      Val

    1. Lu,
      Que felicidade ver você por aqui.
      Vai me mostrando seu progresso.
      Vou ficar muito feliz! rsrs
      #apaixonesepelamudanca <3
      Beijinhos
      Val

  2. Gostei muito!
    Na verdade a busca do autoconhecimento é um caminho longo e eterno o “destralhar” faz parte…
    Vida que segue sempre há algo novo a ser conquistado!
    Ao destralharmo-nos abrimos espaço para coisas novas, emoções novas, amizades novas…

    1. Oi Tatiana

      Concordo em gênero, número e grau.

      E vida (linda) que segue!

      Menos tralhas, mais tempo e energia para viver o que interessa.

      Beijo grade e obrigada por participar.

      Val

  3. Valzinha, eu já estava nesse processo (na parte de organizar maquiagem, jogar fora oq ficou velho) e cada vez vejo o quanto preciso disso pra “consertar” o meu emocional que também não anda. Vou ajeitar cada canto da casa – e do coração – pra permitir que o novo entre. Sem espaço não há recomeço. Bjos!!

    1. Ahhhh que linda!
      Que bom que já iniciou o processo…é assim mesmo, de fora para dentro – pelo menos foi assim comigo e acho que é tangível, mensurável…depende da nossa vontade e vai limpando e organizando a mente – transformando. Fico feliz com sua intenção. A gente até pode errar, mas só na intenção de acertar. Vai em frente. Conte comigo. Um grade beijo cheio de felicidade para o novo.
      Val

  4. Foi exatamente o que aconteceu na minha vida! Enquanto lia o texto estava me revendo na situação. É um ato libertador! Obrigada por ler o que vivi!

    1. Alexandra,
      Que máximo.
      É tão revelador isso na gente né? E tão bom ver que outras pessoas passaram pela mesma experiência (dolorosa) e fizeram disso uma grande mudança.
      Obrigada por compartilhar sua história.
      Continue por aqui querida.
      Beijinhos
      Val

  5. Fiz isso , me separei em 2012 véspera de Réveillon) com 3 filhos ..17, 13 e 8 anos …uma casa de mais de 240 metros, piscina , forno fogão a lenha e todos o resto ….edícula!! Dali mudei o uma grande também, sem piscina…ja desfeita de muita tralha…fiquei um ano só e agora estou em uma que posso chamar de “lar” reduzi p menos da metade , eu tinha 3 mesas de 10 lugares !!!!!! Crianças crescendo , brinquedos encolhendo e fui ficando com.o essencial…um trabalho emocional e tanto , tirei o ex marido de vez do coração com um amo e meio de separação !! Foi outra carga que larguei!! Resgatei a mulher que havia perdido o RG !!! E sigo feliz da minha vida , com um companheiro maravilhoso e meus três grandes e apaixonantes amigos, meus FILHOS! Vivemos com muito menos mas muito melhor e com mais intensidade !!🙏💕💐

    1. Mônica,
      Uau! Como é boa essa troca de experiências – esse destralhe físico e emocional.
      Parabéns pela sua história inspiradora também.
      Vida que segue feliz!
      Obrigada por compartilhar e continue por aqui.
      Beijinhos
      Val

    1. Kamily,
      Que felicidade ver você por aqui.
      Vai me mostrando seu progresso.
      Vou ficar muito feliz! Partiu desapegar!
      rsrs #apaixonesepelamudanca <3
      Beijinhos
      Val


    1. ​Obrigada pelo carinho querida.
      A mudança é um processo. Inicie por uma parte da sua vida que seja mais fácil e que tenha um enorme impacto, pode ser pelo corpo, pela grana ou pelo destralhe. Aos poucos você vai entendendo que o sucesso em uma área, possibilita o sucesso em outra e assim por diante.
      Escrevo esse blog para falar do meu caminho pessoal com muitas dicas pela frente.
      Te desejo uma linda caminhada de mudança e continue por aqui. Será uma honra!
      ​Com carinho,
      Valéria Baldner

  6. Olá Valéria. Homem também pode participar da brincadeira? Me separei algum tempo depois de um casamento de 22 anos. Foi bom mas acabou e me deu uma filha maravilhosa, mas a relação já não tinha mais energia pra seguir. Quando me vi morando num quarto de 16 metros quadrados comecei a repensar toda a minha vida. “Me dei conta que meus objetos tinham uma enorme relação entre meu passado, presente e futuro”. Perfeito isso, pois tantas coisas que me pareciam tão importantes de repente não tinham essa importância toda afinal. Preciso recomeçar minha vida mas não sei viver sozinho e já achei alguém pra dividir este novo projeto de vida, mas uma das lições que aprendi é que desapegar é preciso, porém necessário. Beijo grande.

    1. Oi Carlos. Claro que sim. Seja super bem-vindo. Entender o que nos é essencial é tão importante que deveria ser matéria na escola. rsrsrs Somos movidos pelo consumo, pelo “ter” e repensar esse estilo de vida sem abrir mão de um way-of-life com conforto e poucos objetos a nossa volta é desafiador. Me conte mais suas dicas. O Destralhe será pauta de inúmeros posts futuros. Continue por aqui acompanhando.
      Obrigada pelo comentário.
      Valéria Baldner

      1. Sigo acompanhando, mas não sei se tenho dicas. Acho que a historia da vaquinha jogada pelo precipício (coitada dela) seja o que realmente muda a nossa vida. Pela minha (recente) experiência, a gente não consegue mesmo se livrar do sentimento de importância que damos a certas coisas até que não tenhamos mais nada. É nessa hora, quando não temos mais nada, quando traçamos as novas prioridades, é que surge a grande chance de entender o que realmente é importante. A vida ensina. Beijo Grande.

        Beijo Grande Valeria

  7. Valéria,

    Excelente texto! Citando frase que acredito ser de Montesquieu: “A propriedade é uma cilada, o que julgamos possuir nos possui”.

    Sucesso!

  8. Já tenho um tempo que comecei esse projeto de revolução/evolução pessoal. Após um casamento de 15 anos me vi sozinha para administrar as finanças antes totalmente liberadas e vivendo uma vida muito boa onde eu tinha tudo. Mas esse tudo nem me fazia feliz.Após separação a renda caiu bastante e eu tive que repensar minha vida e maneira de viver e ver as coisas. Hoje sigo rigorosamente esses 10 itens(motivos) que você colocou e a cada dia tenho necessidade de me desapegar mais.Não quero nada que me prenda,nem locais e nem coisas… Hoje a liberdade é o que mais prezo.As vezes falo que quero ter minhas coisas todas dentro de um jogo de malas para poder ir e vir para onde quiser,sem endereço fixo kkk Uma amiga minha compartilhou esse link no Facebook, li e achei muito interessante. Já me cadastrei !!!

  9. Da infancia a adolescencia, sempre tive livros em casa. Apesar de nao os compreender, meu velho sempre soube que aquilo me faria uma pessoa melhor e investia nisso. E foi gracas aos livros da estante que adquiri o habito de leitura. Assim como eu cresci ao longo desses 30 anos, meu velho passou por muitas transformacoes neste tempo todo. Mudou seus pensamentos, repensou alguns preconceitos e o modo de ver a vida.

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